9 Junho 2021
Atualidade
Dirigentes sindicais da Federação Nacional da Educação (FNE) concentraram-se hoje em frente ao Ministério da Educação para exigirem "Educação de Qualidade".
A concentração, organizada pela FNE enquanto representante dos trabalhadores docentes e não docentes das escolas, juntou dirigentes sindicais dos 10 sindicatos da Federação para insistir no apelo ao Governo para o reconhecimento e valorização dos profissionais do setor da educação.
"Os profissionais da educação foram essenciais em todas as circunstâncias da pandemia e não houve, da parte do Governo português, o devido reconhecimento e valorização destes profissionais", disse à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
De acordo com o dirigente sindical, a carreira de docente já tinha problemas estruturais antes da pandemia - como o envelhecimento dos professores -, no entanto, foi a situação pandémica que veio confirmar que são significativos e precisam de rápida resolução.
"Neste momento ainda não há da parte do Governo, do Ministério da Educação, qualquer disponibilidade para pegar nas linhas de trabalho que são essenciais para que tenhamos uma educação de qualidade. Não basta ter o esforço e mobilização dos profissionais. É preciso que estes se sintam reconhecidos, valorizados e (que existam) melhorias nas suas condições de desenvolvimento profissional, de estabilidade e perspetivas na carreira, e isso não existe", sublinhou o secretário-geral da FNE.
A concentração serviu para marcar o fim da campanha "Por Uma Educação de Qualidade" - a decorrer desde 10 de maio em sintonia com sindicatos da Educação de 27 países da União Europeia - que visou colocar em escolas de todo o país faixas com as quatro reivindicações de que a FNE recusa a abdicar: a valorização dos profissionais do setor, mais investimento na educação, o fim da precariedade laboral e o rejuvenescimento da profissão.
No final da iniciativa, o secretário-geral da FNE disse que foi entregue um documento com as várias propostas que a federação tem vindo a apresentar à tutela, de modo a serem abertos o mais rapidamente possível os processos negociais com o Ministério da Educação e sejam encontradas as soluções que valorizem os trabalhadores da educação.
Lisboa, 08 jun 2021 (Lusa)
Veja aqui o vídeo:
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