MAIS DE UMA CENTENA DE ESCOLAS ENCERRADAS NOS DISTRITOS DE LISBOA, SETÚBAL E SANTARÉM,
NUM DIA EM QUE CERCA DE 75% DOS PROFESSORES DERAM FORTE EXPRESSÃO À GREVE QUE HOJE COMEÇA
Hoje, 1 de outubro, foi o primeiro dia de uma greve que se prolongará até dia 4, percorrendo todas as regiões do país. No dia de hoje, a greve incidiu nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e encerrou mais de uma centena de estabelecimentos de educação e ensino, em resultado da grande adesão que mereceu. Como fora anunciado no final do ano letivo anterior, é, assim, retomada a luta dos professores, que se tornou inevitável face à proposta ilegal e discriminatória dos professores que, segundo o governo, será transformada em diploma legal, sem que, no entanto, tivesse havido qualquer negociação, como seria obrigatório.
Lembra-se que a negociação de matérias relativas a carreiras é uma obrigação legal, prevista na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. Porém, no caso em apreço, aquela obrigação é reforçada pela Lei do Orçamento do Estado para 2018, que, no seu artigo 19.º, impõe que seja negociado o prazo e o modo de recuperar os 9 anos, 4 meses e 2 dias em que também as carreiras dos professores estiveram congeladas. O governo não só não o fez como, até, pretende impor a eliminação de mais de 6,5 anos desse tempo.
À prepotência do governo neste processo e ao desrespeito que manifesta pelos professores, estes respondem com uma grande greve, que amanhã incidirá nos distritos do Alentejo (Portalegre, Beja e Évora) e também no Algarve. Acompanhando os professores em greve, dirigentes dos sindicatos que a convocaram estarão nas regiões em que a luta ganhará expressão, prestando declarações à comunicação social em Faro (Jardim Luís Bívar, pelas 12 horas) e em Évora (Praça do Giraldo, pelas 16 horas).
Lisboa, 1 de outubro de 2018
As organizações sindicais de professores
ASPL – FENPROF – FNE - PRÓ-ORDEM – SEPLEU – SINAPE – SINDEP – SIPE – SIPPEB - SPLIU