Mais de 45 mil professores e educadores da zona Norte participaram, esta tarde, dia 04 de março, no desfile entre a Praça do Marquês e a Avenida dos Aliados, no Porto, onde se concentraram para, numa só voz, lutar em prol de uma Educação de qualidade.
Perante a decisão do colégio arbitral de decretar “serviços mínimos” para as Greves marcadas para os dias 2 e 3 de março, na zona Norte e zona Sul respetivamente, as organizações sindicais optaram por reagendar as Manifestações.
Os passados dois dias de protesto culminaram, assim, em duas grandes Manifestações, que tomaram lugar hoje no Porto e em Lisboa. Na zona Norte, os Aliados encheram-se de cartazes e palavras de ordem dirigidas ao Governo, numa tentativa de demonstrar, na rua, que não pode existir sistema educativo de qualidade sem um investimento claro que valorize e reconheça o trabalho que os professores desempenham nas nossas escolas e na construção do futuro.
A Manifestação contou com docentes dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, que fizeram questão de, com mensagens de luta e protestos, abordar todas as matérias que têm gerado insatisfação e para as quais o Governo insiste em não apresentar respostas:
• Manter em equiparação o valor do índice de topo da Carreira Docente com o topo da Carreira Técnica Superior.
• Eliminação da exigência de vagas no acesso aos 5º e 7º escalões.
• Revisão do regime de reduções da componente letiva por efeito conjugado da idade e do tempo de serviço.
• Revisão do regime de acesso à aposentação.
• Recuperação do tempo de serviço congelado e das perdas ocorridas nas transições de carreira e das indevidas ultrapassagens.
• Revisão da formulação da composição do tempo de trabalho dos docentes, assegurando um efetivo respeito pelos limites do tempo de trabalho.
• Eliminação da precariedade que afeta os docentes a exercer funções como técnicos especializados e nas atividades extracurriculares.
• Determinação de aumentos salariais que compensem a sistemática perda do poder de compra.
• Revisão da Mobilidade por doença.
A estas questões por resolver, acrescenta agora a injusta aplicação dos "serviços mínimos", que vem limitar o direito à greve, algo profundamente inconstitucional, mas que nem por isso travou a força de vontade dos mais de 45 mil professores que hoje se fizeram ouvir do Marquês aos Aliados.