No segundo dos dois dias de greve às provas de aferição, verifica-se de norte a sul uma enorme adesão por parte dos docentes.
São várias as escolas em que não se realizaram as provas de aferição no 1.º Ciclo do Ensino Básico ou em que a adesão esteve perto dos 100%.
De recordar que os docentes têm vindo a reclamar políticas de que resultem medidas que travem e revertam a desvalorização da profissão docente e, com urgência, restabeleçam a sua atratividade: invertendo a enorme redução de salário real, decorrente dos elevados níveis de inflação e da muito insuficiente atualização salarial; recompondo a carreira com a contagem integral do tempo de serviço, a abolição dos regimes de vagas e de quotas e a revisão do modelo de ADD; eliminando definitivamente a precariedade; promovendo o rejuvenescimento da profissão, o que exige a aprovação de um regime específico de aposentação dos docentes e a atração, tanto dos que abandonaram a profissão para que estão qualificados, como os jovens que é preciso que voltem a ver nela um caminho de vida com futuro; melhorando as condições de trabalho, designadamente ao nível dos horários e do número de alunos por turma.
De imediato, os professores reclamam e as suas organizações sindicais exigem a urgente alteração do regime de Mobilidade por Doença; pretendem, igualmente, solucionar outros problemas que afetam diversos grupos de docentes, através de medidas como a criação de novos grupos de recrutamento, o fim da contratação de docentes como técnicos especializados (problema
que, defraudando justas expetativas, não terá ficado resolvido com o novo diploma de concursos, pelo menos para o ano 2023/2024, ao contrário do que dele consta), a vinculação extraordinária dos docentes das escolas artísticas e dos técnicos especializados, a revisão do regime jurídico do EPE, a contagem, para a carreira, do tempo de serviço dos educadores nas creches, entre outros.