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Observatório da Convivência Escolar


3 Fevereiro 2025

Comunicação Social

Observatório da Convivência Escolar
Por iniciativa da Federação Nacional da Educação (FNE), da Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET), da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), do Instituto de Apoio à Criança (IAC), bem como da Associação para o Planeamento da Família (APF), foi criado, em março do ano transato, um pertinente Observatório da Convivência Escolar.
Tendo por central perceber e trabalhar algo de incontornável para o sucesso das organizações, a convivência sã entre os seus plurais atores, o Observatório da Convivência Escolar busca contribuir para que as escolas sejam espaços onde todos se sintam acolhidos, protegidos e onde as crianças e os jovens sejam capazes de aprender e crescer.

Nessa vontade de promover ambientes escolares saudáveis e seguros, entre outras atividades, o observatório pretende acompanhar e analisar incidentes relacionados com a convivência escolar, tais como a indisciplina, a violência e o bullying; realizar pesquisas e estudos sobre a convivência escolar, com o objetivo de compreender melhor todos os fatores que afetam o ambiente nas escolas; disponibilizar uma plataforma para que alunos, pais, professores e funcionários possam relatar incidentes críticos; bem como orientar as escolas e agrupamentos na criação das pertinentes estruturas para lidar com conflitos e promover a convivência positiva entre os distintos membros das comunidades escolares, sensibilizando para a importância da convivência escolar e advogando políticas que garantam um ambiente seguro e de respeito para todos. O Observatório conta com uma página específica na Internet (https://convivenciaescolar.pt/) onde, inclusive, é possível partilhar boas práticas ou participar ocorrências suscetíveis de afetar a sã convivência escolar.

No âmbito das diferentes iniciativas do Observatório, foi organizada, entre 27 e 31 de janeiro, a "Semana da Convivência Escolar", tendo a Escola Secundária de Alberto Sampaio acolhido, na tarde do passado dia 30 de janeiro, a Conferência subordinada precisamente ao tema central e amplo da "Convivência Escolar". Nos três painéis de debate, a saber “Direções Escolares: promover a Convivência", "A Formação contínua: capacitar para saber lidar e prevenir" e a "Visão externa do que se passa no 'interior", este último com a participação de João Carlos Major, Psicólogo Clínico, algumas linhas transversais, para o sucesso da organização escola, ficaram claras. Linhas como a necessidade de gerir, com sucesso, o imenso afluxo de alunos estrangeiros no nosso sistema educativo; a reinvenção dos espaços e processos educativos, construindo uma escola mais significante para os jovens atuais; o entendimento de que o sucesso educativo das crianças e jovens muitas vezes reside para além dos portões da escola, sendo crítica a capacidade de intervenção no sucesso das famílias; a importância de a formação contínua contribuir para autoconfiança e preparação dos atores escolares e a proteção do equilíbrio e saúde mental dos mesmos, em particular dos docentes, pelo seu papel fulcral no sucesso do ato educativo.
Uma tónica central: não pode haver uma escola sã se não houver o devido respeito, externo e interno, por e entre todos os seus atores. Uma escola onde a sã convivência impere, será uma escola onde crianças e jovens, pais, professores e lideranças, bem como todos os demais intervenientes, sintam que são respeitados nas suas especificidades, interesses e posicionamentos.

Esse respeito mútuo e a capacidade de manter uma sã convivência, para além dos diferentes posicionamentos, serão cruciais face aos tempos complexos que se avizinham nas escolas: a continuação do afluxo de alunos de outras paragens, a falta de docentes, bem como as alterações que a Tutela se propõe fazer no modelo de organização das escolas, na carreira e na avaliação docente e, eventualmente, na estruturação e organização curricular.
No mundo atual, em que atores de relevo da cena internacional, bem como atores nacionais de obscuras ou inconfessáveis intenções, procuram o seu sucesso pessoal assentando-o, preciosamente, na intolerância face ao outro e na busca do conflito pelo conflito, também será crítica a capacidade de proteger a organização escola dessa nefasta influência. E essa proteção é fundamental, não só pelo garantir do bem-estar e da sã convivência entre todos os atores escolares, mas, principalmente, para garantir que os futuros adultos que a escola prepara sejam capazes de julgar as agendas fáceis e perigosas por detrás do discurso da intolerância. Constituindo-se, assim, como agentes ativos na criação de uma sociedade onde o respeito pelos valores humanistas e pela sã convivência sejam centrais.

Estamos em tempos em que seriam necessários - e críticos – vários observatórios da sã convivência entre pessoas, povos e nações! Comecemos pela escola.

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