15 Novembro 2017
Destaques
A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa defendeu hoje que as posições dos sindicatos de professores são "bons pontos de partida, aceitáveis", para uma negociação, expressando compreensão pelo protesto dos docentes.
"À partida, as posições que os sindicatos estabelecem de uma convergência - consoante os sindicatos, a dois, quatro ou dez anos -, parecem-nos ser bons pontos de partida, aceitáveis, para uma negociação", defendeu a deputada centrista, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Ana Rita Bessa falava enquanto decorria a manifestação de professores em frente à Assembleia da República, em dia de greve nacional convocada por todos os sindicatos do setor para coincidir com a discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2018 na Educação.
A deputada ressalvou que o CDS não tem os dados para fazer as contas, tendo já dirigido perguntas ao Ministério da Educação sobre o número de professores em cada escalão, mas defendeu as posições dos sindicatos e disse compreender os motivos do protesto.
"É preciso haver negociação, é preciso incluir os professores, é preciso fazê-lo com gradualismo e com critérios, mas o que não pode acontecer é que os professores sejam deixados de fora do conjunto dos funcionários da administração pública", defendeu.
O CDS argumentou que "o Governo ignorou os professores no Orçamento do Estado, ignorou o seu tempo de serviço, ignora muitos professores que, por esta razão, não vão conseguir chegar aos patamares de carreira relativamente aos quais tinham legítima expectativa de vir a alcançar".
"Achamos extraordinário a manifestação do PCP e do BE nesta matéria. Se fosse um ponto crítico para o Governo, para o PS, para o BE e para o PCP, esta matéria teria constado do Orçamento do Estado ou, em alternativa, BE e PCP teriam votado contra, como foi o caso do CDS", criticou.
Ana Rita Bessa defendeu-se das críticas à atuação do anterior governo PSD/CDS-PP dizendo que "estava no programa do Governo da PAF [coligação Portugal à Frente] que ia haver um descongelamento sem exceção".
Os professores contestam o Orçamento do Estado para 2018 e exigem a contagem de todo o tempo de serviço quando forem descongeladas as carreiras da administração pública.
Lisboa, 15 nov (Lusa) - ACL // JPS
O PCP, o BE e o PEV manifestaram hoje apoio aos professores que se concentraram em frente à Assembleia da República, em dia de greve nacional, para exigir a contagem do tempo de serviço.
“Não podemos ignorar quem constrói a escola pública”, disse aos jornalistas a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, junto aos manifestantes. Para o Bloco, “não é aceitável ignorar a carreira dos professores”.
A dirigente do Bloco considerou justa a luta dos docentes e lembrou que questionou no parlamento o primeiro-ministro, António Costa, sobre o descongelamento da carreira docente.
Catarina Martins defendeu que o Ministério da Educação tem de encontrar uma solução para os professores não serem penalizados no tempo de serviço.
“Não haja dúvida de que sem luta não se conseguem alcançar objetivos e a luta que os professores estão hoje aqui a travar é um contributo importantíssimo para que a solução para esse problema avance”, defendeu o líder parlamentar do PCP ao falar aos jornalistas ao fundo das escadarias, onde se concentraram os professores.
O PCP, garantiu, apresentará a proposta necessária para garantir a contagem do tempo de serviço para os professores e para todos os trabalhadores da Administração Pública que se encontram na mesma situação dos docentes e que “correm o risco de ver tempo de trabalho deitado fora”.
“Isso é inadmissível”, declarou.
A deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista Os Verdes, manifestou “total solidariedade” para com os professores e defendeu que o congelamento das carreiras “nunca deveria ter existido”.
“O que os professores reclamam é justiça, que o seu tempo de serviço não seja apagado”, disse.
Heloísa Apolónia afirmou que Os Verdes farão o seu trabalho no parlamento, mas considerou que é a luta dos professores que pode “mover o Ministério da Educação”.
O protesto de hoje reuniu os vários sindicatos do setor, em dia de greve nacional dos professores e também da audição parlamentar do Ministério da Educação, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018.
Lisboa, 15 nov (Lusa) – AH // HB
"Este é um padrão recorrente de falta de vergonha do doutor António Costa. E quero dizê-lo com estas letras todas e desta forma: quem congelou a progressão das carreiras foi o Governo do engenheiro Sócrates. Quem levou o país à pré-bancarrota foi o Governo do engenheiro Sócrates, onde o dr. António Costa foi número dois na altura e durante muito tempo, de resto durante todo o consulado do engenheiro Sócrates, foi número dois no Partido Socialista", disse Hugo Soares aos jornalistas, à margem de uma visita ao pinhal de Leiria.
"Se o dr. António Costa tem vergonha de ter estado com o engenheiro Sócrates, quer no partido, enquanto dirigente e número dois, quer no Governo, então o dr. António Costa que o assuma. Agora, o que ele deve também é ter vergonha de constantemente não assumir as suas responsabilidades", acrescentou o líder parlamentar do PSD.
Hugo Soares disse que o Governo "anuncia todos os dias que virou a página da austeridade" e que o país é hoje "absolutamente sustentável", com "crescimento esmagador, que já não há qualquer tipo de problema de consolidação das finanças públicas".
Para o líder da bancada do PSD, o executivo liderado pelo PS "criou um conjunto de expectativas, de ilusões, em vários setores" da sociedade.
"Agora tem de governar e tem de saber corresponder", argumentou.
O deputado social-democrata considerou ainda "evidente" que na administração pública as progressões nas carreiras têm de ser descongeladas "o mais urgente possível" e que o PSD queria fazê-lo.
"Agora, o Governo que virou a página da austeridade, que é precisamente o Governo do mesmo partido que as congelou, que encontre as soluções porque é a eles que compete governar. E que assuma as responsabilidades de uma vez por todas e se deixe deste passa culpas constante, que chega até a ser ridículo e na política o ridículo também mata", enfatizou Hugo Soares.
Marinha Grande, Leiria, 15 nov (Lusa) - JLS // JPS
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