10 Setembro 2019
Destaques
O Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN) lançou hoje, no Porto, a ação de campanha “Tornar atrativa a carreira e rejuvenescer o corpo docente” para denunciar que a classe docente está envelhecida e em risco.
“A nossa profissão está novamente de risco, com uma profissão docente muito envelhecida”, disse hoje à Lusa Laura Rocha, da distrital do Porto da SPZN, durante a ação de campanha, que arrancou esta manhã junto às escolas Rodrigues de Freitas e Conservatório de Música do Porto e vai terminar a 30 de setembro, em Bragança.
Em declarações à Lusa, Laura Rocha afirma que é “muito grave” o facto de “mais de 50% dos professores em Portugal” terem “mais de 55 anos”.
Quando hoje se fala de professores jovens são “professores com 40 anos”, quando antigamente se falava em “24 ou 25 anos” e estavam a iniciar a carreira.
“Esse refrescar da profissão já não acontece há algum tempo, porque os mais velhos são obrigados a trabalhar até aos 67 anos e, portanto, não podem ir embora e se forem vão altamente penalizados. Os mais novos não conseguem entrar, porque se os mais velhos não saem, os mais novos não entram e, portanto, isto é muito desprestigiante”, considerou Laura Rocha, docente de biologia.
Segundo aquela professora, “já ninguém quer ir para professor” e daí a necessidade de fazer uma ação de campanha para sensibilizar a necessidade de reconhecimento da profissão.
“São muitos anos sem ver a sua profissão reconhecida”, disse, lembrando que há muitos professores que se queixam de ter estado a trabalhar todo o mês de agosto e que vão começar o ano letivo “já cansados”.
Laura Rocha relembra que antigamente os professores “vinham com gosto” para a escola e “até esqueciam os seus problemas pessoais”, mas esse passado está a perder-se na classe docente, facto que está a “preocupar muito” aquele sindicato.
Com o início do ano letivo, o SPZN voltou a deixar a sua preocupação pelo facto de continuar a haver “muito défice de funcionários”. É “preocupante”, porque são “uma grande retaguarda dos professores e da escola”.
A “questão da burocracia” logo no arranque do ano letivo, e os constrangimentos de haver “colegas a ultrapassar outros colegas na carreira”, porque “uns estão a progredir lentamente e faseadamente e outros foram reposicionados” são outros problemas que Laura Rocha elencou como problemas que se vivem neste início do ano letivo 2019-2020.
Porto, 10 set 2019 (Lusa) – CCM // ZO
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