FNE: "Vamos ter um diploma que a tutela chama de acelerador de carreiras, mas que vai deixar muitos professores de fora"

Decorreu, ontem à tarde (dia 15 de maio de 2023), a reunião suplementar de negociação pedida pela FNE ao Ministério da Educação (ME) referente à correção de assimetrias na carreira docente, em resultado dos períodos de congelamento.

Manuel Teodósio, secretário-executivo da FNE, fez o resumo deste encontro, começando por considerar que "este diploma vai avançar sem a nossa concordância e fica muito longe das correções que deviam ser feitas, tal como a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias do tempo de serviço congelado. Vão ser apenas algumas 'migalhas' e apenas para alguns professores. (..) O Ministro assumiu que a proposta anterior não acolheu nenhuma das alterações propostas por nós e por isso vamos ter um diploma que a tutela chama de acelerador de carreiras, mas que vai deixar muitos professores de fora".

É de recordar que a FNE sempre sublinhou nas reuniões realizadas durante este processo de negociação entre o ME e a FNE, em conjunto com outras organizações sindicais, que as propostas da tutela se revelavam insuficientes, injustas e promotoras de novas assimetrias e que é incompreensível que o Ministério da Educação ignore em absoluto a proposta sindical, apresentada a 13 de março, com o objetivo de se iniciar o processo de recuperação do tempo de serviço docente prestado e até agora não considerado, associado à dispensa de vagas para todos os docentes, o que constituiu um claro exercício de promoção de um quadro negocial responsável.