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FNE representa professores portugueses num projeto europeu sobre o pós-COVID


9 Outubro 2024

Notícias FNE

FNE representa professores portugueses num projeto europeu sobre o pós-COVID
A Federação Nacional da Educação – FNE representa os professores e os sindicatos portugueses da educação no Grupo Consultivo do projeto europeu “Parceiros Sociais Setoriais Europeus na Educação abordando os riscos psicológicos para uma recuperação equitativa e sustentável da crise da COVID-19 liderada pela educação”, também designado por “Projeto Après Covid”. 

A FNE entra no projeto como federação portuguesa filiada no Comité Sindical Europeu da Educação (CSEE) - representante dos professores e educadores europeus na Confederação Europeia de Sindicatos (CES) - que é a organização sindical da Região Europa da Internacional da Educação, esta por sua vez a voz dos docentes e não docentes a nível mundial.

O CSEE entra neste projeto numa parceria com a Federação Europeia de Empregadores da Educação (EFEE), sendo a FNE a representante dos professores e não docentes a nível nacional, juntamente com a Confederação Nacional da Educação e Formação (CNEF), que representa os empregadores da educação. 

O projeto “Après Covid” inclui organizações sindicais e empregadores da educação da Bélgica, Eslovénia, Malta e Portugal e garantiu o financiamento da Comissão Europeia em março de 2023, num calendário de visitas e atividades que termina numa conferência final, em dezembro de 2024, na Bélgica. 

Do projeto fazem parte um inquérito europeu online a membros do CSEE e da EFEE, um seminário de formação em Bruxelas, um relatório de investigação, uma Declaração Conjunta daqueles dois parceiros setoriais europeus da educação e três visitas de trabalho: Liubliana, Lisboa e Malta. 

As crises sanitária, económica e social provocadas pela pandemia da COVID-19 tiveram um impacto transformador sem precedentes nos sistemas educativos europeus, nas relações laborais e nas condições de trabalho na educação em toda a Europa.  

As mudanças desencadeadas pela crise da COVID-19 contribuíram para reforçar os problemas existentes e impulsionaram o aparecimento de novos riscos profissionais, com os riscos psicossociais na profissão docente a surgirem como desafios urgentes. 
 
Já no período pré-pandémico, os trabalhadores do setor da educação estavam altamente expostos a riscos psicossociais devido a múltiplos fatores de stress, tais como uma enorme sobrecarga de trabalho, horários de trabalho prolongados, a exposição a comportamentos violentos, bem como a natureza social e emocional da profissão. 

No entanto, a crise da COVID-19 amplificou fortemente os fatores de stress associados aos riscos psicológicos para os trabalhadores da educação. Não foi por acaso que a educação foi considerada como o setor com maiores exigências quantitativas e mais desgastantes do ponto de vista emocional, de acordo com o relatório “Viver e Trabalhar e COVID 19”, da Eurofound, em 2020.  

Depois de uma primeira visita de estudo a escolas de Liubliana, Eslovénia, em maio do corrente ano, segue-se agora uma segunda visita a escolas de Lisboa, a decorrer hoje (9 de outubro de 2024) e amanhã na capital portuguesa. O programa de hoje decorre na Escola Secundária Passos Manuel, na Tv. Convento de Jesus, a partir das 14h00. Previstas estão entrevistas ao diretor da escola, a um professor e a um representante do pessoal de apoio educativo.

O dia 10 de outubro tem como palco a Fundação das Comunicações Portuguesas (R. do Instituto Industrial, 16) e uma visita à Escola de Tecnologias Inovação e Criação (R. D. Luís I, 6) na capital portuguesa. Na parte da tarde, às 15h00, está agendado um painel alusivo ao tema “Melhorar o bem-estar profissional na educação - Uma perspetiva de saúde e segurança no trabalho”, e às 16h25 um segundo painel sobre como “Abordar o impacto a longo prazo da crise da COVID-19 na comunidade educativa”, em que participam um representante do Ministério da Educação e um outro da CONFAP.

Os riscos psicossociais podem causar graves danos nos contextos de trabalho e de aprendizagem no setor da educação. Os principais fatores de stress relacionados com o trabalho de professores, pessoal de apoio educativo e dirigentes escolares podem ter consequências psicológicas, físicas e sociais muito negativas, tais como o stress relacionado com o trabalho, o esgotamento ou a depressão, a exaustão emocional, o elevado absentismo, problemas de sono ou sérias doenças e/ou sintomas cardiovasculares. 

Este projeto proporciona uma plataforma para os parceiros sociais setoriais na educação, a nível local, regional, nacional e europeu, aprofundarem os resultados finais com os decisores políticos, promoverem debates sobre um potencial compromisso na Europa sobre os riscos psicossociais na educação e reverem as “Orientações Práticas Conjuntas sobre como promover iniciativas conjuntas dos parceiros sociais para prevenir e combater os riscos psicossociais na educação”, de 2016. 


Consulte aqui o Programa desta iniciativa





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