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Ensino à distância: as 10 recomendações da UNESCO


1 Fevereiro 2021

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Ensino à distância: as 10 recomendações da UNESCO

O encerramento dos estabelecimentos de ensino é uma das medidas tomadas por um grande número de países para limitar a propagação da COVID-19. Portugal optou igualmente por encerrar escolas e universidades. Para responder ao desafio do ensino à distância que o encerramento das instituições de ensino acarreta, a UNESCO apresenta 10 recomendações

1. Analisar o estado de preparação e escolher as ferramentas mais adequadas

Optar pela utilização de soluções de alta ou baixa tecnologia, em função da fiabilidade do abastecimento de energia local, do acesso à Internet e das competências digitais de professores e alunos. Estas podem incluir plataformas digitais de ensino, aulas por vídeo, MOOC, ou ainda a transmissão das aulas em canais de rádio e de televisão.

2. Assegurar o caráter inclusivo dos programas de ensino à distância

Implementar medidas para garantir que os alunos, nomeadamente aqueles que são portadores de deficiência ou oriundos de famílias com fracos recursos, têm acesso a programas de ensino à distância, quando não dispõem de dispositivos digitais. Considerar a possibilidade de transferir temporariamente tais dispositivos das salas de informática para as famílias, fornecendo-lhes acesso à Internet.

3. Proteger a confidencialidade e a segurança dos dados

Avaliar o nível de segurança ao descarregar dados ou recursos educativos dos espaços Web e da sua transferência para outras organizações ou indivíduos. Assegurar que a utilização das aplicações e plataformas não compromete a confidencialidade dos dados dos alunos.

4. Implementar soluções para problemas psicossociais antes de lecionar

Mobilizar as ferramentas disponíveis para estabelecer a ligação entre escolas, pais, professores e alunos. Criar comunidades para assegurar uma interação social regular, promover medidas de proteção social e responder aos problemas psicossociais aos quais os alunos podem ter de fazer face em situações de isolamento.

5. Planeamento do desenvolvimento dos programas de ensino à distância

Organizar mesas redondas com as partes interessadas para analisar a possível duração do encerramento das escolas e determinar se o programa de ensino à distância deve concentrar-se no ensino de novos conhecimentos, ou antes reforçar os já adquiridos nas aulas anteriores. Organizar horários tendo em conta a situação na área afetada, o nível de ensino, as necessidades dos alunos e a disponibilidade dos pais. Escolher métodos de ensino apropriados, em função do contexto de encerramento das escolas e da quarentena. Evitar métodos de ensino que exijam uma comunicação cara a cara.

6. Prestar assistência a professores e alunos no uso de ferramentas digitais

Organizar sessões de formação curtas ou de orientação para professores e pais, se for necessário acompanhamento e orientação. Ajudar os professores a providenciarem as condições materiais necessárias para a continuidade do ensino, por exemplo, soluções de utilização dos dados móveis para a transmissão de aulas em direto.

7. Combinar as abordagens adequadas e limitar o número de aplicações e plataformas

Combinar as ferramentas ou meios de comunicação a que a maioria dos alunos tem acesso, tanto para a comunicação e aulas síncronas como para o ensino assíncrono. Evitar sobrecarregar alunos e pais, pedindo-lhes para descarregar e testar demasiadas aplicações e plataformas.

8. Estabelecer regras para o ensino à distância e monitorizar o processo de aprendizagem dos alunos

Definir com pais e alunos as regras do ensino à distância. Elaborar perguntas, avaliações e exercícios formativos para acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Sempre que possível, utilizar ferramentas através das quais os alunos possam transmitir os seus comentários, de modo a não sobrecarregar os pais, pedindo-lhes que digitalizem e enviem os seus comentários.

9. Definir a duração das unidades de ensino à distância de acordo com as competências de autorregulação dos alunos

Manter um ritmo de ensino consistente com o nível de autorregulação e aptidões metacognitivas dos alunos, nomeadamente para as aulas transmitidas em direto. De preferência, a unidade de aprendizagem para os alunos do ensino primário não deve exceder 20 minutos, e 40 minutos para os alunos do ensino secundário. 

10. Criar comunidades e promover a coesão social

Criar comunidades de professores, pais e diretores de escolas para combater o sentimento de solidão ou angústia dos alunos e para facilitar a partilha de experiências e o debate sobre as estratégias de gestão das dificuldades de aprendizagem.




Fonte: https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/noticias/ensino-a-distancia-as-10-recomendacoes-da-unesco


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