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SPZN na terceira e última jornada do Caminho de Santiago-Finisterra-Muxia


2 Agosto 2024

Ação Social e Cultural

SPZN na terceira e última jornada do Caminho de Santiago-Finisterra-Muxia
Ciente da importância do exercício físico e da fé e espiritualidade na saúde e bem-estar dos nossos sócios, o SPZN promoveu, nos últimos meses, o Caminho de Santiago-Finisterra-Muxia. Nos dias 26, 27 e 28 de julho, decorreu a terceira e última jornada. Com partida em Cee (no primeiro dia) e meta em Muxia (no terceiro), os nossos peregrinos passaram, ainda, por Finisterra e Lires, onde pernoitaram no dia 26 e 27 de julho, respetivamente.

Observe, através da fotogaleria (a seguir) e das palavras da caminheira Cristina Garrido, o retrato desta jornada:


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A nossa primeira etapa iniciou-se em Cee, com o grupo de caminheiros muito motivado por poder trilhar o caminho que nos levasse até ao Cabo Finisterra, considerado pelos romanos como o ponto mais ocidental da terra, o lugar onde se pensava que a terra acabava – o “finis terrae”.

Em Cee, visitamos a Igreja Paroquial de Santa Maria da Xunqueira, onde pudemos contemplar imagens de Santiago, S. Francisco, S. João, Santo António ou S. Roque, com feições muito humanas e expressivas.

Depois de um belo almoço, com o lema “Estás cerca del fin del mundo, que aproveche!”, assim o colocamos em prática, pondo os pés ao Caminho, permitindo-nos ao deslumbre. Saindo do percurso urbano, fomos percorrendo o caminho pelos bosques e pequenas povoações com os tradicionais espigueiros. Em Corcubión, fomos surpreendidos pelo Mercado Medieval espraiado pelo centro histórico que, embora fechado para pausa de almoço, adivinhava-se muito animado. Este dia de festa permitiu-nos a entrada na Igreja de S. Marcos de Corcubión. A partir do Albergue San Roque, fomos descendo até Sardiñeiro, deleitando-nos com baías e praias de grande beleza, onde o verde dos montes contrasta com o branco do areal e o azul turquesa do mar translúcido. Entramos em Finisterra pela Praia da Langosteira, atravessando o centro histórico, passando pela capela da Nossa Señora do Bo Suceso, rumo ao Santuário do Santo Cristo de Fisterra, na igreja de Santa Maria das Areas de Fisterra.


Seguimos rumo ao Farol de Finisterra, ao marco jacobeo do km 0, e à contemplação do pôr do sol sobre a imensidão do oceano, ritual com tantos séculos, quando se acreditava que o sol ali morria e nada existia para além do que a vista alcançava. Foi um momento mágico, onde foi fácil reviver essa sensação quase pueril dos nossos antepassados, ao mesmo tempo que som os arrebatados pela beleza e intensidade energética daquela visão. Momento único de união e partilha com os companheiros do Caminho.

No dia seguinte, exploramos o centro da vila e após recolher a Fisterrana, seguimos rumo a Lires. O caminho desenvolveu-se entre pinhais e pequenas povoações, onde pudemos desfrutar das belas paisagens e de muita tranquilidade em todo o percurso. Chegados a Lires, os caminheiros puderam descansar ou ir até à praia.

No domingo, os mais corajosos rumaram bem cedo à praia, para um banho purificante e após um belo pequeno almoço, seguimos rumo a Muxia por zonas florestais e de cultivo, com subida gradual. Lá do alto pudemos vislumbrar o oceano, do qual nos aproximamos a partir de Lourido, já às portas de Muxia. Lá chegados, apressamo-nos até ao Santuário da Virgem da Barca, onde a escultura “A Ferida” rompe do chão, assinalando o trágico acidente com o petroleiro Prestige. Já junto do Santuário, o Professor Manuel Araújo fez-nos o enquadramento do mesmo na história do apóstolo Tiago, e da lenda em torno das pedras ao redor, consideradas partes da barca da Virgem. À Pedra de Cadriz são-lhe atribuídos poderes curativos e o grupo viveu um intenso e emotivo momento, acolhendo o simbolismo da rocha e passando por baixo dela três vezes. Curativos foram com certeza os momentos vividos durante este Caminho, nas orações, nos altos e nos baixos, nas dificuldades e nas superações, na partilha, na amizade e companheirismo, na alegria e no convívio… Ficam em nós a felicidade e a gratidão, mas também a nostalgia… Ah! E a vontade de retomar o Caminho breve, breve!

Resta o agradecimento ao SPZN pela experiência que nos proporcionou. À Professora Manuela Felício e ao Professor Manuel Araújo todas as palavras de agradecimento seriam poucas, pela sabedoria, apoio, carinho, atenção e simpatia que com que guiaram os nossos passos neste Caminho!

SPZN pelo Caminho de Santiago-Finisterra-Muxia (Jornada 3 e última)

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